quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Edvard Munch - O Grito


O norueguês Edvard Munch não pintou retratos, paisagens ou outros temas. Munch pintou emoções. Famoso pelo tratamento intensamente evocativo de temas psicológicos e pelo simbolismo pessoal, Munch influenciou profundamente os expressionistas, em especial os alemães. Na verdade, seu quadro mais famoso, O Grito, pintado pela primeira vez em 1893 (ele repetiu o tema diversas vezes), pode ser visto como uma síntese do conceito de Expressionismo. Esse movimento artístico buscava apresentar o mundo a partir de uma perspectiva subjetiva, para expressar o sentido da experiência emocional em lugar da realidade física. Em O Grito, Munch anula a realidade física, distorce-a, transformando-a em ondas que emanam a partir do personagem, um ser vagamente humano, quase fantasmagórico, transformado pela emoção que o arrebata. O rio deixa de ser rio, a ponte, de ser ponte e o céu não é mais céu: tudo se transforma como uma miragem provocada pelo sentimento que domina o personagem. Provavelmente, nós vejamos nosso mundo individual dessa mesma forma: distorcido pelas nossas percepções subjetivas, pelas nossas emoções e sentimentos.






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