quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Jacques-Louis David - A Morte de Marat



A obra de Jacques-Louis David (1748 – 1825) é impregnada de cunho político. Ativo apoiador da Revolução Francesa, conquistou a amizade da figura mais influente entre os revolucionários, Maximilien de Robespierre (1758 -1794), e dominou o círculo da arte na França Revolucionária. Preso depois da decapitação de Robespierre, associou-se, mais tarde, a Napoleão Bonaparte, tornando-se o pintor de sua corte. O acesso a essas ligações vantajosas era sua arte. De fato, Davi foi um pintor notável, o mais influente da pintura francesa no início do século XIX. 
Em A Morte de Marat, de 1793, David emprega simbolismo religioso para transformar num mártir o jornalista Jean-Paul Marat e líder da facção radical Montagnards e uma das vozes mais cáusticas da Revolução Francesa. A semelhança com Cristo martirizado é clara. Além da dramaticidade, o que caracteriza esse quadro é seu cunho essencialmente político. Isso levou um historiador da arte a afirmar que, por conta da temática, esse é o primeiro quadro modernista. Seja como for, modernista ou neoclássico (escola à qual David pertencia), essa é, sem dúvida, uma das imagens mais importantes da história da arte.



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