A obra de Jacques-Louis David (1748
– 1825) é impregnada de cunho político. Ativo apoiador da Revolução Francesa, conquistou
a amizade da figura mais influente entre os revolucionários, Maximilien de
Robespierre (1758 -1794), e dominou o círculo da arte na França Revolucionária.
Preso depois da decapitação de Robespierre, associou-se, mais tarde, a Napoleão
Bonaparte, tornando-se o pintor de sua corte. O acesso a essas ligações
vantajosas era sua arte. De fato, Davi foi um pintor notável, o mais influente
da pintura francesa no início do século XIX.
Em A Morte de Marat, de 1793, David emprega simbolismo religioso para
transformar num mártir o jornalista Jean-Paul Marat e líder
da facção radical Montagnards e uma das vozes mais cáusticas da Revolução
Francesa. A semelhança com Cristo martirizado é clara. Além da dramaticidade, o
que caracteriza esse quadro é seu cunho essencialmente político. Isso levou um historiador
da arte a afirmar que, por conta da temática, esse é o primeiro quadro
modernista. Seja como for, modernista ou neoclássico (escola à qual David
pertencia), essa é, sem dúvida, uma das imagens mais importantes da história da
arte.
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